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António Maria Vasco de Mello Silva César e Meneses
(1851-1923), mais conhecido por António Vasco de Mello, 9º
Conde
de Sabugosa e 11º Conde de São Lourenço, foi um alto funcionário da
corte e um nobre de relevo na elite
cultural do
seu tempo. Formado em Direito, foi deputado às Cortes e, até à queda
da monarquia fez carreira diplomática,
foi
Par do Reino, alcaide-mor de Elvas e mordomo-mor da Casa Real.
Para além de poeta e autor de contos, crónicas, e ensaios de
caráter histórico e literário, escreveu sobre
autores portugueses do séc. XVI e elaborou o primeiro roteiro
histórico-artístico do Paço de Sintra, trabalho
ilustrado pelo punho da rainha D. Amélia. A muito celebrada biblioteca da sua casa,
herança de gerações, foi
fonte
imprescindível dos seus trabalhos literários e objeto do cuidado
bibliófilo de Sabugosa, interesse que
prolongou
na presidência da Sociedade de Bibliógrafos Barbosa Machado.
Fez parte do grupo Vencidos da Vida, privando com
personalidades como Oliveira Martins, Eça de Queirós,
Ramalho
Ortigão, entre muitos outros seus contemporâneos. Foi sócio efetivo da
Academia Real das Ciências de Lisboa e
assíduo colaborador de diversos periódicos, entre os quais a Revista
de Portugal, A semana de Lisboa, Serões,
O
Thalassa e Ideia Nacional.
Foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo e comendador e
grã-cruz da Ordem de Santiago da Espada, para
além
de múltiplas condecorações estrangeiras resultantes da sua atividade
diplomática. Por iniciativa da Portugália
Editora, cerca de uma centena de amigos, dos mais variados quadrantes
da sociedade portuguesa, deixaram
impresso o
seu testemunho no livro “Conde de Sabugosa - In memoriam”, publicado
um ano após a sua morte, em 1924.